14/01/2010
Mulher inventa abuso para se vingar do marido
O plano era por causa do fim do casamento, mas a dona de casa se deu mal porque a polícia descobriu a farsa.
Sabrina Rodrigues
Ela foi indiciada em processo de separação depois de um casamento de 11 anos, uma dona de casa de 35 anos resolveu denunciar o marido por maus-tratos e abuso sexual contra os três filhos. O que a dona de casa não imaginava era que, após oito meses de investigação, ela é quem seria indiciada criminalmente.
Isso porque a polícia descobriu que todas as acusações contra o marido eram uma farsa, motivada pela revolta da mulher com o fim do casamento.
Agora a mulher vai responder na Justiça por denunciação caluniosa, segundo o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Marcelo Nolasco, que concluiu ontem o inquérito sobre o caso.
“Quando recebemos alguma denúncia que envolve casal em processo de separação já começamos a investigar com mais cuidado porque, geralmente, uma das partes está tentando conseguir algum benefício com a acusação”, explicou o delegado.
No caso da acusada, de acordo vingar do ex-marido, por causa da separação, mas também garantir a guarda exclusiva das crianças, duas meninas de 8 e 12 anos e um menino de 5 anos.
“Assim que ela registrou ocorrência contra o ex-marido, pediu a suspensão do direito dele visitar os filhos”, contou Marcelo Nolasco.
Por conta da decisão judicial, o pai das crianças, um técnico em robótica submarina de 43 anos, chegou a ficar proibido de ver os três filhos durante as investigações, mas assim que as crianças foram ouvidas a mentira começou a ser descoberta.
“As crianças apresentaram um discurso visivelmente ensaiado, no qual o pai era acusado de ser agressivo. A mulher insinuou que ele já teria, inclusive, abusado das crianças”, disse o delegado.
De acordo comMarcelo Nolasco, mesmo diante das acusações, o técnico continuou a pagar as despesas da casa onde os filhos moram com a ex-mulher, em Vila Velha, a escola particular das crianças e também o plano de saúde.
Além disso, depositava mensalmente na conta da dona de casa R$ 1,9 mil para despesas eventuais.Após ouvir os envolvidos, o delegadoconcluiu que as acusações eram calúnia.
A reportagem de ATribuna ligou para a casa da acusada,mas ninguém atendeu.
Mentiras podem levar a até 8 anos de prisão
Denunciar uma pessoa sabendo que o acusado é inocente é crime e o mentiroso pode pegar até oito anos de prisão pela farsa.
Assim como a dona de casa que acusou o técnico em robótica por maus-tratos e abuso contra os filhos, dezenas de pessoas usam de má-fé e registram falsas acusações contra o ex-marido ou a ex-mulher na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“Infelizmente, esse tipo de situação é recorrente, principalmente quando envolve casais separados.
Mas sempre que é constatado que houve má-fé, a pessoa que denunciou é indiciada”, contou o delegado Marcelo Nolasco.
Somente este mês, pelo menos três inquéritos abertos na DPCA foram concluídos como denunciação caluniosa. Em 2009, uma adolescente de 15 anos denunciou o padrasto por tentativa de estupro e ele teve até a prisão decretada.
“Descobrimos que, na verdade, ela estava com raiva dele porque havia apanhado depois de chegar em casa tarde. Por isso inventou toda a história”, relatou Nolasco.
DEPOIMENTO
“Nunca fiz mal a eles”
“Ao me separar, minha ex-mulher disse que eu iria me arrepender.
Jamais imaginei que ela ia usar meus filhos contra mim.
Nunca fiz mal a eles. O meu pecado é trabalhar fora do País. Fico um mês fora e outro aqui”.
Técnico em robótica submarina
A TRIBUNA, Vitória/ES - Quarta Feira, 13 de Janeiro de 2.010, pag. 16
Programação
Exibição do documentário A Morte Inventada (Alienação Parental) de ALAN MINAS, seguida de debates sobre o tema, com mesa composta por:
ANDRÉIA CALÇADA
Psicóloga e Escritora
Obras recentes: “Falsas Acusações de Abuso Sexual – O Outro Lado da História” Co-autora do livro “Guarda compartilhada – Aspectos psicológicos e Jurídicos”. Autora do livro “Falsas Acusações de Abuso sexual e a Implantação de Falsas Memórias.
JÚLIO CÉSAR COSTA DE OLIVEIRA
Juiz de Direito (Titular da 3ª Vara de Família de Vitória, Comarca da Capital do Estado do Espírito Santo)
Doutorando pela UBA
ROBERTO MARINHO GUIMARÃES
Advogado
Professor e Escritor
Doutorado em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (2003)
Professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo
Escritora
(experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos da criança e do adolescente, política social, adolescentes em conflito com a lei, crianças e sistema de justiça)
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ANDRÉIA CALÇADA
Psicóloga e Escritora
Obras recentes: “Falsas Acusações de Abuso Sexual – O Outro Lado da História” Co-autora do livro “Guarda compartilhada – Aspectos psicológicos e Jurídicos”. Autora do livro “Falsas Acusações de Abuso sexual e a Implantação de Falsas Memórias.
JÚLIO CÉSAR COSTA DE OLIVEIRA
Juiz de Direito (Titular da 3ª Vara de Família de Vitória, Comarca da Capital do Estado do Espírito Santo)
Doutorando pela UBA
ROBERTO MARINHO GUIMARÃES
Advogado
Professor e Escritor
Especialista em Direito de Família e Sucessões
Especialista em Direito Civil
Especialista em Direito Processual Civil
EDINETE MARIA ROSA
Psicóloga
Especialista em Direito Civil
Especialista em Direito Processual Civil
EDINETE MARIA ROSA
Psicóloga
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1993)
Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1997)
Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1997)
Doutorado em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (2003)
Professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo
Escritora
(experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos da criança e do adolescente, política social, adolescentes em conflito com a lei, crianças e sistema de justiça)
AGRADECIMENTOS
Enfim, realizou-se o evento e é verdadeiramente gratificante registrar, sem receio de censura ou reparos, que os objetivos foram alcançados.
Platéia qualificada, diversificada e superior à capacidade da sala de exibição do Cine Metrópolis (240 lugares); adesão de professores universitários de diferentes áreas de conhecimento; magistrados, promotores de justiça, psicólogos, acadêmicos dos cursos de Direito e Psicologia, jornalistas, advogados e tantos outros interessados que acudiram ao convite; adesão da mídia que se fez presente desde a véspera; e a impecável participação dos componentes convidados da mesa; é como se pode resumir o que se viu nessa manhã de hoje (30/09/2009).
Agradeço, portanto, a todos que se envolveram no projeto e aproveito para convidá-los, assim como a tantos quantos compartilhem do mesmo ideal, a dar continuidade no aprofundamento, horizontalização, investigação, debate e estudo do delicado tema abordado.
Por fim, comunico que o blog permanecerá no ar e sempre voltado ao exame e discussão de temas pertinentes ao Direito de Família.
Roberto Marinho Guimarães
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